História do CONCRETO ARMADO
Concreto armado é aquele que possui em seu interior armações feitas com barras de aço. Estas armações são necessárias para atender à deficiência do concreto em resistir a esforços de tração (seu forte é a resistência à compressão) e são indispensáveis na execução de peças como vigas e lajes, por exemplo.
Foto: Via Apia - Rodovia em Roma - Concreto Simples
Apesar do concreto simples, como material estrutural, ter sido magnificamente aplicado nas centenas de kilometros de rodovias e pavimentos da antiga Roma (por exemplo na Via Apia, existente até hoje nos arredores de Roma), e na cúpula de maior vão livre da antiguidade, o Panteão de Roma com 44m de luz, hoje com quase 2.000 anos, o moderno concreto armado é muito jovem e pode ser considerado o penúltimo dos grandes materiais estruturais de construção civil que a humanidade descobriu.
Foto: Panteão de Roma - Maior Vão Livre da Antiguidade
A história registra ainda o uso de um concreto armado primitivo nos dintéis (Parte superior das portas e janelas. Verga) da Igreja de Saint-Geneviève em Paris, também conhecida por Le Panthéon em 1770. Armaduras envolvidas por concreto primitivo de cal hidráulica, em 1770, em dintéis estruturais.
Por
volta de 1850 o engenheiro francês Joseph Louis Lambot (1814 - 1887) efetuou
suas primeiras

O barco de Lambot foi por ele apresentado, juntamente com um pedido de patente, na Exposição Universal de Paris de 1855. Ele imaginava que seu barco [de cimento armado] chamaria muito mais atenção do público do que o normal, garantindo então mais oportunidades para usar o tal cimento armado em obras. Porém seu objetivo não foi atingido, uma vez que ninguém considerou ser de alguma valia a sua invenção. O uso do cimento armado para a construção de navios foi descartado pelos funcionários da Administração da Marinha de Toulon por considerarem inadequado o novo material.
Entretanto, entre os visitantes da exposição,
estava um comerciante

Monier produziu, utilizou e vendeu [em vários formatos e tamanhos] grande quantidade dos seus vasos e caixas de cimento armado. Desistiu de ser paisagista, horticultor e comerciante de plantas ornamentais, para se dedicar à nova arte. Imaginou que todas as peças fabricadas com esse material deveriam ter a finalidade específica de entrar em contato com a água. Assim, seus primeiros artefatos de cimento foram bacias, caixas d'água e tubos para encanamentos. Entre 1868 e 1873 construiu: um reservatório de 25 m³; um reservatório de 180 m³ para a estação da estrada de ferro de Alençon; um reservatório de 200 m³ [suportado por pilares] em Nogent-sur-Marne.
Em 1875 construiu uma ponte de 16,5 metros da vão e 4,0 metros
de largura nas propriedades do Marquês de Tillière. A partir de então, atento aos negócios, começou a registrar patentes de tudo o que fazia, expandindo seu trabalho de construção em cimento armado para outros países da Europa, passando a ser considerado como o inventor do concreto armado.
de largura nas propriedades do Marquês de Tillière. A partir de então, atento aos negócios, começou a registrar patentes de tudo o que fazia, expandindo seu trabalho de construção em cimento armado para outros países da Europa, passando a ser considerado como o inventor do concreto armado.
Na Alemanha o termo Monierbau é, ainda hoje, sinônimo de Concreto Armado.
Fonte: http://site.ibracon.org.br
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