História das Construções -Parte 2 Antiguidade

À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentavam, acometidas pelas ameaças bélicas (guerras) constantes, a primeira modalidade arquitetônicas a se desenvolver foi essencialmente a militar. A humanidade confrontava-se com um mundo povoado de deuses vivos, gênios e demônios: um mundo que ainda não conhecia nenhuma objetividade científica. O modo como os indivíduos lidavam com a transformação de seu ambiente imediato era então bastante influenciado pelas suas crenças. Muitos aspectos da vida cotidiana estavam baseados no respeito ou na adoração ao divino e ao supernaturalAs cidades marcavam uma interrupção da natureza selvagem, consideradas o espaço sagrado em meio natural. Da mesma forma, os templos dentro das cidades marcavam a morada dos deuses em meio ao ambiente humano.

Arquitetura Egípcia 

Os arquitetos no antigo Egito eram considerados as pessoas que realizavam os grandes sonhos dos Faraós. Possuíam uma gama de trabalhadores que os cercava, tais como escribas e pessoas que faziam as medidas dos locais das obras. Qualquer tipo de construção envolvia uma grande logística e um planejamento que até hoje é abordado pelos principais egiptólogos.



Sem grandes recursos arqueologicamente comprovados, a arquitetura de pirâmides, templos e obeliscos continua sendo um grande mistério. A arquitetura mais comum no antigo Egito eram os templos.  Eles possuíam decoração inspirada na paisagem egípcia. Papiros, flores de lótus e palmeiras eram algumas delas. A entrada dos templos geralmente era feita por caminhos que continham esfinges de ambos os lados. Os templos eram enormes e geralmente estavam sustentados por colunas.

Como na foto ao lado do Templo de Ramsés II em Abu Simbel.


Porém sem dúvida alguma, as mais belas e impressionantes obras arquitetônicas do período faraônico foram as pirâmides. A pirâmide em degraus ou escalonada foi uma obra-prima idealizada pelo mais famoso arquiteto do antigo Egito; Imhotep para o faraó Djoser na terçeira dinastia. Antes de Imhotep o lugar de descanso dos faraós eram as mastabas. O nome mastaba foi dado a estes sepulcros em tempos modernos. A palavra é de origem árabe e significa banco. Isso porque, quando rodeadas por dunas de areia quase até a sua altura total, fazem lembrar os bancos baixos construídos na parte externa das casas egípcias atuais e nos quais os moradores sentam-se e tomam café com os amigos. 

Posteriormente à pirâmide de degraus, surgiram outras com formatos diferentes. Foi na quarta dinastia que se modificou o desenho das pirâmides, originando as tradicionais pirâmides que conhecemos hoje. As mais famosas representantes dessa arquitetura são as pirâmides do complexo de Gizé.
Existiam ainda outras formas arquitetônicas no antigo Egito, como entradas de templos que eram verdadeiras obras de arte ou salas sustentadas por diversas colunas, conhecidas popularmente como hipóstilas, que faziam parte dos complexos de templos.

Os tipos de colunas egípcias são divididas conforme seu capitel. A ordem protodórica (Que tem a forma de um poliedro, um sólido delimitado por polígonos planos, composto por quatro ou mais faces, ou que possui múltiplas faces), marca sob o Antigo Império a transição entre o pilar e a coluna:
• Palmiforme – inspirada na palmeira branca;
• Lotiforme – capitel representa um ramo de lótus com corolas fechadas e o fuste reproduz vários caules atados por um laço.
• Papiriforme - flores de papiro. O fuste da coluna papiriforme é igualmente fasciculado, desta vez em arestas vivas. Quando as umbrelas estão abertas, o capitel é chamado de campaniforme;
 Os elementos estruturais – muros, pilares, vigas – sempre foram pensados não apenas como elementos portantes, mas também como um substrato de formas decorativas. Assim foi nas arquiteturas proto-históricas com os relevos decorativos dos grandes muros das cidadelas assírias como nos templos egípcios.

Vídeo nos corredores do Templo de Hathor - Dendera

FONTES
http://antigoegito.org/arquitetura-egipcia
http://antigoegito.org/arquitetura-egipcia/